Mulheres amadas,
Venho falando nos encontros de mulheres sobre o autocuidado, pois muitas vezes temos uma compreensão limitada sobre o que ele pode ser.
👉🏻Num primeiro momento, autocuidado até pode parecer suave: tomar aquele banho de ervas, meditar com incensos, fazer aquele escalda pés delicioso, descansar na rede (sem o celular na mão…ok 😬).
Pode parecer apenas cuidar do corpo, fazer as unhas e o cabelo.
⚡Isso também faz parte, mas esta etapa é apenas a superficial, e não pode ser uma distração ou um entorpecimento da mente para não sentir a densidade que é o real processo de autocuidado precisa.
🔑 O verdadeiro autocuidado não passa somente por processos suaves mascarados de “eu primeiro”.
Carrega sofrimento, cortes necessários, decisões e perdas. Envolve corte de relações tóxicas, de amizades desequilibradas, de “gratidão namastê” e “somos um” para de fato viver o incerto e se abrir para as relações profundas.
Autocuidado passa pela necessidade de definir limites e sustentar conversas incômodas com os parceiros para alinhar novas necessidades.
Aqui nas redes sociais, os posts que mais viralizam são aqueles bonitos, de mulheres girando sua saia e dançando. Na vida real, o autocuidado exige coragem e enfrentamento. Pode doer, sangrar e precisa de inteligência e tempo para cauterizar.
🤚🏻Não se afogue em águas rasas, viu!!
O autocuidado verdadeiro nem sempre é um banho relaxante. É caótico, não se permite ser suavizado, exige o abandono da necessidade de mascarar processos profundos e doloridos.
Autocuidado precisa coragem para sangrar, rasgar os véus das mentiras que aceitamos até hoje, sair da anestesia que não nos consola por muito tempo.
Chega a doer perceber que negligenciamos por tanto tempo coisas que não poderiam ser negligenciadas.
A vida cresce e floresce na ordem e harmonia, e esta ordem, que nada tem a ver com rigidez, é um alinhamento com a naturalidade das coisas, e só vem depois de purificação.
A vida quer viver! E ela vai encontrar, cedo ou tarde, uma maneira de te lembrar disso.
Cuidemo-nos!
Com afeto,
Aysha Almeé