E se o/a parceiro/a não chegar, você ainda estará aí.
Inteira e presente.
Respirando dentro da sua própria pele.
E se o/a parceiro estiver presente, ainda assim… a sua intimidade é sua!
Sua sexualidade não depende de um “alguém”.
Ela não é um presente que só se abre a dois.
Ela nasce em você — no toque, no pensamento, na emoção,
no silêncio que só você escuta.
Você pode viver o prazer sozinha
como quem lê um livro cheio de sabedoria ancestral,
saboreando cada página esquecida.
Seu corpo não está em pausa porque você está só
Ele pulsa — mesmo quando o mundo insiste em dizer que sem par não há dança.
Há dança, sim.
Sozinha no quarto,
no banho demorado,
no suspiro que vem sem aviso,
na fantasia que te visita sem vergonha.
Viver sua intimidade sozinha não é ausência,
é presença.
É liberdade de sentir no seu tempo, no seu ritmo,
sem pressa, sem comparação, sem roteiro pronto.
E se um dia o/a parceiro/a chegar —
que encontre você já em movimento,
já acesa, já íntima de si mesma.
Porque quem aprende a viver a própria intimidade sozinha,
nunca mais se perde esperando alguém pra ser inteira.
Aysha Almeé
