E se meu companheiro ou companheira não quiser aprender sobre Tantra? O que faço com o que aprendi?

Você abriu os olhos.


Começou a sentir o corpo com mais presença.
Respirou pela primeira vez com o ventre, e não apenas com os pulmões.
Aprendeu que o prazer pode ser um templo, não apenas um momento.
E agora se pergunta: o que faço com tudo isso, se quem amo não quer trilhar esse caminho comigo?

Em Tantra: Um Culto à Feminilidade, aprendemos algo essencial: o Tantra é, antes de tudo, uma jornada interior.
O outro pode caminhar ao seu lado, mas não é ele quem conduz sua expansão.
O seu corpo é o altar. Sua respiração é o mantra. Sua entrega é a oferenda.

Se seu parceiro ou parceira não está pronto para o Tantra, respeite.

O Tantra não é uma religião, não é uma imposição.
É um estado de consciência que só floresce no terreno da liberdade.
E o mais bonito: você não precisa abandonar seu caminho por isso.

Continue respirando com profundidade.
Continue tocando seu corpo com reverência.
Continue sendo amor, mesmo quando o outro não entende a linguagem que você agora fala.

Muitas vezes, sua transformação silenciosa é o maior ensinamento.
A maneira como você se move, escuta, se expressa, inspira.
O Tantra não é o que você diz — é o que você vibra.

E se a jornada do outro for diferente da sua, ainda assim você pode honrá-la.
Porque o Tantra é, também, sobre aceitar o que é, sem resistência.

Mas lembre-se:
Você não está sozinha no seu caminho.
Seu corpo caminha com você.
Sua alma já entendeu.
E o amor verdadeiro — seja com o outro ou com você mesma — só floresce quando há liberdade, não cobrança.

Você não precisa ser compreendida para ser verdadeira.

Continue. O caminho responde.

Aysha Almeé

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By Aysha Almeé

Mulher, artista, curiosa e mergulhadora de si. Dançarina do Ventre, Dançaterapeuta, Terapeuta Tântrica e Renascedora. Formada em Farmácia, Naturopatia e pós graduada em Terapia Corporal Reichiana. Eterna estudante de Medicina Tradicional Chinesa, Tantra

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