Você abriu os olhos.
Começou a sentir o corpo com mais presença.
Respirou pela primeira vez com o ventre, e não apenas com os pulmões.
Aprendeu que o prazer pode ser um templo, não apenas um momento.
E agora se pergunta: o que faço com tudo isso, se quem amo não quer trilhar esse caminho comigo?
Em Tantra: Um Culto à Feminilidade, aprendemos algo essencial: o Tantra é, antes de tudo, uma jornada interior.
O outro pode caminhar ao seu lado, mas não é ele quem conduz sua expansão.
O seu corpo é o altar. Sua respiração é o mantra. Sua entrega é a oferenda.
Se seu parceiro ou parceira não está pronto para o Tantra, respeite.
É um estado de consciência que só floresce no terreno da liberdade.
E o mais bonito: você não precisa abandonar seu caminho por isso.
Continue respirando com profundidade.
Continue tocando seu corpo com reverência.
Continue sendo amor, mesmo quando o outro não entende a linguagem que você agora fala.
Muitas vezes, sua transformação silenciosa é o maior ensinamento.
A maneira como você se move, escuta, se expressa, inspira.
O Tantra não é o que você diz — é o que você vibra.
E se a jornada do outro for diferente da sua, ainda assim você pode honrá-la.
Porque o Tantra é, também, sobre aceitar o que é, sem resistência.
Mas lembre-se:
Você não está sozinha no seu caminho.
Seu corpo caminha com você.
Sua alma já entendeu.
E o amor verdadeiro — seja com o outro ou com você mesma — só floresce quando há liberdade, não cobrança.
Você não precisa ser compreendida para ser verdadeira.
Aysha Almeé